A balanite xerótica obliterante, também conhecida como líquen escleroatrófico peniano, é uma doença inflamatória crônica e progressiva que pode comprometer a glande, o prepúcio (pele que recobre a glande), o meato uretral e toda a extensão da uretra anterior (uretra que fica em contiguidade com a haste peniana).
Quais os sintomas da balanite xerótica obliterante?
Se apresenta inicialmente como manchas esbranquiçadas, principalmente na glande, podendo ser confundidas com o vitiligo. Com o passar do tempo, estas manchas assumem uma característica esclerosante, fazendo com que a pele perca sua elasticidade e se torne endurecida.
Quando compromete o meato uretral ou a uretra anterior, o paciente passa a apresentar sintomas urinários obstrutivos, como jato urinário fino, esforço miccional e sensação de esvaziamento vesical incompleto, os quais podem ser confundidos com os sintomas causados pelas doenças de origem prostática.
Como é feito o diagnóstico?
A balanite xerótica obliterante é um fator de risco conhecido para o câncer de pênis, então é muito importante que ela seja detectada o mais rápido possível.
O diagnóstico é feito através do exame clínico e, em alguns casos, pode haver a necessidade de realização de uma biópsia.
Como tratar a balanite xerótica obliterante?
O tratamento tem como objetivo a recuperação máxima da estética e da funcionalidade do pênis.
As lesões da glande e do prepúcio, em seus estágios iniciais, podem ser tratadas com cremes de testosterona e/ou corticoesteroides. Nas fases mais tardias, quando já ocorreu algum comprometimento esclerótico da pele, pode haver a necessidade de cirurgias reconstrutoras genitais mais simples como a postectomia e até procedimentos mais complexos, com a utilização de enxertos.
Quando há o comprometimento do meato uretral, muitas vezes uma abertura cirúrgica deste meato (meatotomia) pode ser suficiente para a resolução dos sintomas. Porém, quando há comprometimento do meato, a uretra anterior sempre deve ser investigada.
Em casos de comprometimento da uretra anterior, procedimentos complexos de uretroplastia com a utilização de enxertos são necessários para o tratamento definitivo. Todos estes procedimentos devem ser feitos e acompanhados por um profissional especializado em urologia reconstrutora.