O pênis pode ser afetado por doenças de diversos tipos: infecciosas, traumáticas, inflamatórias, hereditárias, congênitas ou tumorais. As diversas doenças do pênis podem prejudicar suas funções habituais como urinar e manter relações sexuais, uma vez que provocam alterações estruturais e/ou funcionais. Entenda melhor quais são as alterações causadas por esses males e seus principais sintomas:
Doença de Peyronie
Um a cada dez homens pode ser afetado pela doença, uma curvatura peniana adquirida e que geralmente se manifesta a partir dos 40 anos. O primeiro sintoma é sentir dor durante as ereções. Conforme o quadro vai piorando, pode surgir uma curvatura evidente quando o pênis encontra-se em ereção máxima.
Esse distúrbio é causado pelo surgimento de placas de fibras no tecido conjuntivo do pênis. Dependendo do local onde a lesão surge, o paciente pode sentir uma parte endurecida no órgão, que se trata de um depósito de cálcio na região. Em estágios mais evoluídos, a doença de Peyronie pode até mesmo levar à disfunção erétil.
Prostatite
A prostatite é uma inflamação da glândula prostática causada por bactérias que invadem o sistema urinário. Essa inflamação na próstata, na maioria das vezes, é resultado de uma infecção urinária que não foi tratada da forma ideal. Seus principais sintomas são dor ao urinar e/ou ejacular, febre, sangramento na urina, dor abaixo do umbigo e entre os testículos e o ânus.
Fimose
Normalmente, o prepúcio, uma dobra de pele retrátil que cobre a extremidade do pênis, recobre a glande do pênis (popularmente conhecida como “cabeça”) quando ele está flácido, e se retrai quando ele está ereto, deixando a glande à mostra. A fimose ocorre quando o prepúcio não se retrai completamente.
A fimose causa um estrangulamento na glande, impedindo o fluxo correto de sangue ou a higiene íntima ideal. O procedimento realizado para reparar o problema é a circuncisão.
Balanopostite
A balanopostite é causada por fungos ou bactérias localizadas debaixo do prepúcio, e também atinge a glande. A inflamação gerada causa dor, vermelhidão e edemas, podendo resultar em uma obstrução ou diminuição na uretra. A balanopostite também pode ser crônica, sendo gerada por processos inflamatórios autoimunes. Nesses casos, é importante o breve diagnóstico e tratamento, para diminuir as chances de complicações futuras.
Estenose uretral
A estenose, apesar de atingir ambos os sexos, é mais comum em homens, por estes possuírem a uretra mais longa. A doença consiste em um estreitamento na uretra, órgão que leva a urina para fora de bexiga. Causada por traumas e lesões que, ao cicatrizarem, podem gerar formação excessiva do tecido fibrótico, a estenose resulta na diminuição ou até na obstrução total do fluxo urinário.
O paciente deve buscar um urologista logo que notar alterações no jato urinário ou na frequência miccional. Sintomas como ardência ao urinar, vontade de urinar durante a noite, gotejamento de urina após a micção e jato duplo ou fino também servem de alerta. O diagnóstico é feito a partir de exames detalhados como a uretrocistografia, uretrossonografia, urofluxometria e uretrocistoscopia.
Câncer no pênis
Este tipo de tumor é mais comum em homens não circuncisados. O lugar em que o pênis costuma ser mais afetado é na base da cabeça, e o sintoma inicial normalmente é uma ferida avermelhada e indolor. Quanto mais precoce o seu diagnóstico, mais é possível preservar o tecido peniano.
Doenças sexualmente transmissíveis
Uma DST pode ser adquirida por relações sexuais sem camisinha ou contato vaginal, anal ou oral. Apesar de existirem diversas DSTs diferentes, seus sintomas costumam ser bem similares, como dor genital, vermelhidão, corrimento, inchaço, dificuldade de urinar, dor durante o contato íntimo, verrugas genitais e pequenas feridas.
É importante realizar consultas e exames de rotina para garantir a saúde. No caso de o paciente ser contaminado por uma DST e não realizar o tratamento, problemas mais graves podem surgir, como câncer de útero, infertilidade, problemas cardíacos, câncer no pênis, meningite, entre outros.
Disfunção erétil
Quando o homem não consegue manter a ereção do pênis de modo a ter uma relação sexual normal, e isso ocorre com uma frequência relativa por mais de três meses, o problema caracteriza-se como disfunção erétil, popularmente conhecida como impotência sexual. A doença atinge cerca de 50% dos homens brasileiros acima dos 40 anos e mais de 300 milhões de homens pelo mundo.
O quadro pode ser causado por complicação no funcionamento de uma combinação de órgãos e tecidos do corpo, mas também pode ser gerado por hábitos irregulares, questões psicológicas, doenças físicas ou orgânicas como hipertensão, alto colesterol ou diabetes. Além disso, a disfunção também pode ser sintoma de alguma doença cardiovascular.
Como diagnosticar e tratar doenças do pênis
Cada paciente deve ser avaliado individualmente para que ocorra o diagnóstico correto e o tratamento ideal, por isso é importante estar com as visitas ao urologista sempre em dia. Caso tenha notado alguma irregularidade no funcionamento do seu corpo ou a manifestação de algum dos sintomas citados, busque imediatamente um especialista, pois quanto antes o tratamento for iniciado, melhores serão os resultados.